Saneamento
Os illustres collegas d’ “A Republica” ripostando o nosso editorial de hontem referente à importante questão do saneamento, adduziram alguns frágeis argumentos procurando derruir as irrefutáveis considerações que emitimos. Dizem os confrades que é disparatado o tópico em que lamentamos o desperdício de 5 mil contos que, si apllicados em commetimentos reproductivos, trariam grande somma de benefícios; e contrapõem:
“Estão patentes não só a boa aplicação desse dinheiro, como também a grande utilidade que em si traz o saneamento da capital.”
Absolutamente não ignoramos que um bom serviço de saneamento trará proveitos a esta cidade; o que negamos é que essa avultada quantia tenha sido boa applicação. Isto é que esta patente, isto é que todos vêm, pois que o publico sabe perfeitamente que as obras levadas a cabo, não offerecem garantias de funccionamento pela falta de observância às prescipções technicas exigidas em serviço dessa natureza.
E dando mesmo de barato que os trabalhos já concluídos apresentem satisfactorias condições de viabilidade, há a notar que muito existe por fazer, demandando crescida importância que, a julgar pelas difficuldades financeiras em que se encontra a Empresa de Saneamento, não se pode em absoluto contar.
Já vê a A Republica que fundado é nosso enunciado de hontem, duvidando da exequibilidade do serviço do abastecimento d’agua e da rede de esgotos desta capital.