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Jornal A Noticia

Transcrição da Edição de 23/09/1907 - Pg. 2

                                  INTERIOR                                                                Saneamento

   Rio, 21 – (Retardando) – A sociedade anonyma sucessora da casa Nathan, de S. Paulo, representando diversos syndicatos francezes e inglezes se propões a concluir as obras de saneamento dessa capital nas seguintes condições:

     Obriga-se a exhibir no acto da assignatura do contracto com o governo do Estado a renuncia de todos os direitos que por ventura possam assistir aos primeiros contactantes, quer em virtude do contracto, quer dos subsequentes aditamentos, sem que desta renuncia resulte ônus para o governo do Estado.

     A sociedade Nathan obriga-se a pagar todas as dividas da Empreza de Saneamento, saldando os compromissos com os operários e o fisco federal e a completar as obras de accordo com as modificações exigidas pelo governo, de forma a inaugurar em Fevereiro de 1908.

   Somente será inaugurado o serviço depois que o governo verifique serem desnecessárias quaisquer modificações technicas ou hygienicas que garantam o perfeito fuccionamento das redes de exgotto e de abastecimento d’agua durante o prazo de 10 annos.

   A sociedade Nathan propõe-se a receber como indemnização destes serviços as taxas de agua e exgotto durante o prazo de conservação. As empreitadas serão tomadas por engenheiros de nomes conhecidos no paiz, sob a direção do dr. Ferreira Ramos, que partirá para esse Estado em princípios de Outubro, para estudar o serviço actual e ver quaes as modificações necessárias.

   Consta que o governo do Paraná exige modificações na proposta apresentada, sendo a principal a que se refere a reducção do prazo de 10 annos para percepção da taxa sanitária. Os contractantes, porém não aceitam esta ultima modificação, pois que consideram o prazo de 10 annos como essencial ao negocio.