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Jornal Diário do Paraná – Diarios Associados - Ano de 1956

Transcrição da Edição de 24/03/1956 Pg 16

         Bombas Importadas Solucionaram o Problema da Água em Curitiba

   Já Instaladas as bombas de recalque importadas no ano passado dos Estados Unidos – Aumentada em 100 litros por segundo a evasão da água – As partes altas da cidade, nem mesmo nas épocas de estiagem, não mais serão prejudicadas – Fala ao DIARIO DO PARANÁ o sr. Arnaldo Grassi.

  “O Departamento de Águas e Esgotos não tem nenhum problema a resolver, no que diz respeito ao abastecimento de água da cidade, uma vez que as bombas de recalque importadas e já instaladas, resolveram por completo os problemas até então existentes”, disse a reportagem do DIARIO DO PARANÁ na tarde de ontem, o sr. Arnaldo GRASSI, engenheiro chefe do Serviço da Capital, do DAE.

           IMPORTAÇÃO

   Conforme havíamos noticiado na gestão administrativa do Sr. Adolpho de Oliveira Franco, no governo do Estado, o Departamento de Águas e Esgoto, solicitou a importação dos Estados Unidos, de dois Grupos-Motores, a fim de que com eles em funcionamento, fosse possível solucionar-se o problema do fornecimento de água a população curitibana.

    Na palestra que a reportagem manteve com o sr. Arnaldo Grassi, formos informados de que esses grupos-motores já estão em funcionamento, daí a declaração incisiva do chefe do Serviço da Capital do DAE.

            MANANCIAIS

   Atualmente o único manancial do fornecimento da água, é o rio Piraquara. Entretanto, o departamento técnico do DAE está realizando estudos, em relação aos projetos existentes para o aproveitamento de outros mananciais, que viriam auxiliar o abastecimento da capital. Os rios Pequeno e Itaqui estão sendo cogitados para este aproveitamento. Outro rio que se encontra em estudos é o rio Iguaçu, que também, benefício viria trazer ao funcionamento da distribuição e abastecimento da cidade.

          PARTES ALTAS

  “Geralmente as partes altas da cidade – disse o sr. Arnaldo Grassi – principalmente nas épocas de estiagem, eram as mais prejudicadas na falta de água. Este problema entrementes, foi resolvido e nos próximos anos, não teremos casos relacionados com o mesmo. É de se compreender, outrossim, que estas bombas instaladas, não resolvem a situação em definitivo. O consumo de água irá aumentando a medida que for passando o tempo e mesmo o desgaste das peças irá influenciando para em época determinada outras providências serem tomadas para que a população não venha a ser molestada por uma crise de falta de água. Atualmente, este é o caso, não tem o Departamento de Aguas e Esgoto problemas a resolver”.

          CEM LITROS PO SEGUNDO

   “As bombas de recalque – frisou o engenheiro chefe do Serviço da Capital – virão aumentar de aproximadamente 100 litros por segundo a evasão da água para o abastecimento. Assim sendo, mesmo na época de estiagem, a cidade não terá que enfrentar, como nos anos passados, o serio problema da falta de água.

            OUTRAS PROVIDENCIAS

   Informou-nos ainda o sr. Arnaldo Grassi, que pretendem os responsáveis por aquele Departamento especializado, ampliar as redes de fornecimento; aproveitar outros mananciais para que o abastecimento seja realizado com precisão e abundancia. Os antigos mananciais da serra serão aproveitados para uma barragem de acumulação.

“Certo é no entanto, – concluiu o sr. Grassi – que no momento, o problema está resolvido”.