Essas estruturas já haviam sido descobertas em 2013, quando desci pelo leito do Ribeirão do Salto a partir da ponte na Estrada do Manancial até sua foz, no rio do Carvalho. Agora em 2025, a revisita foi feita pela linha original da adutora da Casa da Bomba, partindo de sua junção com a Adutora de Curitiba, até o ponto onde cruzava o ribeirão.

São duas estruturas: uma em granito e outra de tijolos e argamassa, construídas em 1925 numa das margens e no leito do Ribeirão do Salto, para servirem de bases para assentamento de canos da adutora da linha de reforço da Casa da Bomba.

A base de granito foi construída na margem do rio com pedras lapidadas de rochas do local, sendo imponente pelo tamanho, com aproximadamente 4 metros de altura. Na parte superior existe uma espécie de “berço” moldado em argamassa e rocha, e que serviu de apoio para a seção da adutora que cruzava o rio.

A outra estrutura foi construída sobre uma grande rocha dentro do rio, composta por tijolos assentados na rocha e serviu de apoio do cano da adutora. É difícil precisar sua altura, visto que grande parte dessa base de alvenaria foi destruída, estando depositada do leito do rio.

Outro fato impressionante foi possível resgatar do rio alguns tijolos maciços (sem furação), perfeitamente conservados. Lembrando que a construção da linha da Casa da Bomba é de 1925, ou seja, há 100 anos atrás. É uma pena que não possuam qualquer inscrição que possibilite identificar a olaria de origem.

Mas é possível arriscar um palpite: nessa mesma linha da Casa da Bomba, uma outra descoberta de manilhas que continham inscrições da olaria Esperança do bairro Portão, podem indicar que os tijolos da estrutura do Ribeirão do Salto, tenham tido a mesma origem.

A história ficou adormecida por todo esse tempo. Com esse resgate de imagens, não ficará esquecida.

Localização: S 25°29'33'' W 48°59'19'' - Altitude: 963 metros.