Para contar essa estória da descoberta, é necessário explicar como o sistema está construído:

Na saída da Torre de Junção da Captação da Caixa ou Represa do Ipiranguinha, em data não identificada, possivelmente na década de 70, uma linha adicional em cano de PVC de 150mm foi instalada, para captar mais água. Esse cano está instalado na parte superior interna da torre.

Vale lembrar que nessa torre de junção, também chega a adutora do Ipiranga, com a captação das águas das represas ou caixas acima desse ponto (Ipiranga, Cabra e Bode).

Como o volume de água captado no Ipiranguinha, mais o volume das águas da linha do Ipiranga excedia a capacidade de vazão da linha original instalada no fundo da torre de junção, uma linha adicional ajudava a dar fluxo a captação.

A linha original que sai da torre de junção do Ipiranguinha é composta por manilhas de cerâmica de 300mm, e a linha adicional de 150mm segue paralela a essa adutora.

Em Outubro de 2024, eu já havia seguido pela vala da adutora, a partir da Torre de Inspeção ou Ventilação do Nico II, no sentido para a Caixa do Ipiranguinha, tentando encontrar outro “ventilador”, onde estaria a junção das duas linhas (PVC 150mm e Manilha 300mm) com a adutora em manilha de 450mm, que chega no ventilador do Nico II.

No dia 20/02/2025, fiz o percurso no sentido contrário (Ipiranguinha x Torre do Nico II), seguindo pela vala onde estão assentadas essas linhas (Manilha e Cano de PVC). Apesar das adutoras estarem cobertas por uma densa camada de folhas em decomposição e raízes, com ajuda de um pedaço de taquara, fui “tateando” o solo ouvindo o som do cano de PVC e da manilha.

Em um determinado ponto, apenas uma adutora segue pela vala. Fiz o afastamento da camada de folhas e raízes, descobrindo uma junção, onde as adutoras de cerâmica de 300mm e o cano de PVC de 150mm, estão embutidos em manilha de 450mm, fazendo a emenda das tubulações.