As pesquisas nos Mananciais da Serra continuam a surpreender, mesmo depois de tantos anos andando por lá, pelos caminhos por onde as linhas das adutoras foram assentadas.
A nova descoberta está localizada numa elevação do terreno, em um buraco de 1,50m de profundidade, nas proximidades da “Vila Operária” e bem próximo de uma seção da adutora de Curitiba, que foi minha primeira descoberta dessa adutora em maio de 2011.
É o segundo equipamento conhecido como “ventosa” descoberto na Adutora de Curitiba. A nova descoberta só foi realizada graças a preciosa informação passada pelos irmãos Osmair Pinto de Barros e Adir Pinto de Barros, filhos do saudoso José Rocha de Barros (seu Zézinho, já falecido), os quais moraram nos mananciais e trabalharam nos sistemas de captação.
A ventosa é um dispositivo que permite a entrada e saída de ar nas tubulações. São usadas para evitar problemas de pressão e ar preso, que podem causar rebentamentos e colapsos na linha adutora (Wilipedia).
De ferro fundido, a ventosa é peculiar. Possui um “volante” que permitia a abertura e fechamento da mesma, com pequenos furos na parte superior para entrada ou saída do ar. Possui ainda inscrições nas laterais, relativas as suas medidas: “3.5/1 – 5 P” de um lado e “40” de outro. Tem ainda, uma abraçadeira circulando e presa a adutora, onde a ventosa está fixada.
Considerando as informações prestadas pelos irmãos Osmair e Adir, a última equipe fixa que realizava manutenções e roçadas sistemáticas nas linhas das adutoras, deixou os mananciais em 1994. Então é possível que esse equipamento estava “perdido” há 31 anos.
Localização: S 25°29'34" W 48°59'32" - Altitude: 992 metros